SINTA ÓDIO DOS TEUS PENSAMENTOS SOBRE TRABALHO, NÃO DAS SEGUNDAS-FEIRAS

Só daqui uns 150 anos saberemos os impactos da globalização via internet na humanidade. Por enquanto, é uma ferramenta que trouxe alegrias e desgraças. É necessário cada indivíduo filtrar e selecionar determinado assunto a ser consumido na rede. Durante uns anos cheguei a ser usuário assíduo do Facebook – até o mesmo perder seu encanto com bobagens ditas sobre política desde o processo de fritura da ex-presidente Dilma Rousseff. Hoje me encantam Instagram e Linkdeln. Deste último, extraí um assunto dentro de um texto fascinante que li, cujo tema central vai nortear a leitura deste blog. Prepare-se para perceber o quão manipulado – mais uma vez – você está sendo.

O tema era Por Que o Brasil Não Gera Inovação Para o Mundo – fantástico por si só, afinal, ouvimos pessoas dizendo que o “Brazil é grande e aqui tudo é abundante” desde criancinhas. O tamanho territorial do maior da América do sul, na verdade, não chega nem a fazer cócegas quando o assunto do artigo é suscitado. Imagina as pessoas que votam nos prêmios Nobel (ciências, física, matemática, biologia etc.) a cada ano; se a nacionalidade do(a) candidato(a) for brasileiro(a), com certeza o(a) votante sentirá surpresa e certamente se perguntará “como alguém do Brasil chegou a este estágio?”. Em efeitos comparativos, mesmo sendo tosco mas é o melhor que vejo agora enquanto escrevo, a situação hipotética se assemelharia à façanha de Gustavo Kuerten, o maior tenista da história do Brasil (um país que jamais deu pelota à modalidade).

O ‘Brasil-piada’ tem um número vasto de situações inusitadas a serem elencadas. Cada um elege as suas.

Leio esse tema (Por Que o Brasil Não Gera Inovação Para o Mundo) e logo penso na vastidão de hipocrisia e mentiras às quais fomos – e somos – colocados à prova desde que nascemos. Numa primeira instância tentei imaginar os motivos que levam o ‘Gigante a ficar adormecido’. Porém, durante o texto, o autor utiliza algumas pesquisas para fundamentar sua argumentação e nos ajudar.

Aqui tá o busílis.

Logo de cara, o(a) leitor(a) já se depara com um número preocupante para quem viveu no mundo mágico de Óz tupiniquim nos últimos anos: o Brasil é apenas o 62° país no Índice de Inovação Global de 2020 (Global Innovation Índex), atrás de nações que costumamos tirar sarro em rodinhas de boteco, como Armênia, México, Chile, Turquia, Costa Rica e Kuwait.

Indo mais além: não ‘faz o menor sentido’ uma posição como essa (62ª!!!) tendo a 9ª maior economia mundial. Não faz sentido? Continue a leitura para saber.

Quando ouvimos ‘inovação’ logo enchemos a boca para falar com orgulho. I-N-O-V-A-Ç-Ã-O. Palavra bonita, chique, esperançosa. Propagandas lançam mão da expressão para anunciar seus produtos, e a gente acredita. Com a internet o que não falta são palavras ligadas à ‘inovação’: Startups, empresas digitais, cursos livres, bootcamps, universidades e mídia, entre outras, usam a expressão a rodo. Ora, então por que alguns países têm empresas que produzem as melhores inovações no mundo, enquanto outros nem engatinhar conseguem (caso do Brasil)?

Aqui entra você, amigo(a) do LikeUs Training. A resposta está em cada indivíduo, que depois se junta a outros para formarem uma sociedade.

A grande pergunta inicial para entendermos por que o Brasil é um país de 3° mundo (e assim será por décadas) é: qual a sua relação com seu trabalho?

‘Qual a sua maior paixão?’ é a pergunta feita na pesquisa, e a resposta não tinha temas para escolha – o que viesse à mente valeria. As 10 maiores paixões do(a) brasileiro(a), pela ordem, são: futebol, cerveja, carnaval, mulher, churrasco, praia, cachaça, família, carro e novela (http://informacaoutil.com.br/index.php/informativos/77-aulas-gratuitas-de-filosofia-e-intuicao-poetica-na-modernidade).

A pesquisa é chocante até para quem imaginava por que o Brasil é mais atrasado socialmente que a Argentina, por exemplo (nossa vizinha que adoramos tirar sarro sem olhar para nosso próprio umbigo). Nota-se que o Trabalho não passa nem perto da imaginação de quem votou! Isso sim faz sentido.

Dos 10 assuntos da pesquisa, apenas um é pouco debatido numa roda de amigos(as): família, pois é íntimo. Os outros assuntos são explorados à exaustão (principalmente futebol).

Quem fala de trabalho com o mesmo orgulho a defender o clube do coração? Quem coloca a labuta diária entre os prazeres da vida? Quase ninguém, e essa relação explica por que o Brasil é o patinho feio nas inovações.

O complexo de Macunaíma já é um fator preponderante: brasileiro(a), em sua maioria, não gosta de trabalhar! Em sua história, sempre buscou sombra, água fresca, uma caipirinha e uma picanha para ser feliz. Sempre espera ganhar na loteria para justamente se livrar do trabalho.

A gravidade se estende com os elementos tóxicos lançados por mídia e propagandas.

Desde criancinhas somos doutrinados a odiar a segunda-feira por exemplo. Entre as décadas de 1970 e 90 o nível de desconforto aumentava nos finais dos domingos quando a trilha do programa Fantástico, da Rede Globo, tocava: era o ‘alerta’, para o indivíduo, de que o fim de semana acabou. No dia seguinte teria de encarar o chefe, os(as) colegas… a ‘pentelhação’ de sempre. Enquanto isso, o prazer pela produção e pela inovação através do seu trabalho se esconde atrás do véu da felicidade em saber que poderá tirar sarro dos caras da firma porque seu time ganhou (sendo roubado ainda, encherá a boca com mais orgulho).

A impunidade brasileira também contribui para a psicologia do trabalho. Somos condicionados a distorcer conceitos (pois não os estudamos por conta própria) e isso reflete no 62º lugar em Inovações. No caso, há uma distorção do capitalismo – fomentado pelo atual sistema. Os mitos sobre empreendedorismo trazem pré-conceitos que deixam o(a) brasileiro(a) com menos vontade ainda de se esforçar para produzir à sociedade.

  • Empresário é malandro, malvado e ganancioso
  • A classe empresarial é corrupta
  • Os empresários ricos são também responsáveis pela desigualdade social e econômica do país

Você já deve ter se identificado com um (ou todos) estes itens. Basta abrir um noticiário e o que mais tem são roubos, desvios, achaques etc. O indivíduo sente que não há saída: sempre pensará que todos ao seu redor, no ambiente de trabalho, não prestam – e que o resto da humanidade é assim. A desestimulação faz broxar justamente aquele pouco ímpeto de querer trazer ideias para sua empresa inovar. Assim, somos condicionados a ir ao trabalho como se caminha numa prancha com um pirata apontando uma arma nas suas costas e, à frente, há um mar com tubarões.

Porém, existem exceções, sim! Tem muita gente querendo produzir bons conteúdos e inovações para fazer o país crescer. O LikeUs Training é assim. Seria muito simples vender o curso do LUsT e querer que o(a) aluno(a) não se desenvolvesse – assim nunca deixaria de consumir nossos produtos. Porém, não é assim que trabalhamos. Quanto mais você se desenvolver, melhor para nós! Por quê? Sinal que contribuímos para a Inovação!

Essa parte é igualmente importante, pois muita gente – e bota muita gente – vai trabalhar, unicamente, pelo dinheiro. Aqui bate até uma tristeza. Claro que os boletos chegam todo mês, e essa pressão acaba limitando o indivíduo a aceitar qualquer trabalho e qualquer remuneração oferecidos. Isso ajuda apenas a sustentar a 62ª posição no ranking de Inovação tendo a 9ª maior economia mundial. Quem trará novais ideias se a meta é apenas ganhar dinheiro?

Isso frustra muitos(as) alunos(as) do LikeUs Training. Por exemplo, alguns deles(as) trabalham na segurança do funcionalismo público. Mereceram estar lá pois estudaram. Porém, há duas deturpações bizarras aqui. Primeiro: o conceito ‘meritocracia’ será lançado, mas é conversa fiada, pois as condições aos candidatos não foram iguais desde o início do processo seletivo (não importa para qual cargo)! Segundo: ter a tranquilidade no cargo gera comodidade, e todo indivíduo confortável em berço esplêndido não produz inovação pois é o dinheiro que importa.

As toxicidades para que você odeie as segundas-feiras, e apenas tolere seu trabalho, vêm das mídias e propagandas, mas também dos seus círculos sociais. Sabe aquela piadinha via ‘meme’ exaltando a preguiça do ‘seo’ Madruga (personagem do seriado mexicano Chaves) que você gargalha, concorda e compartilha? Sabe a sua carinha de putinho toda vez que abre os olhos para ir ao trabalho? Saca aquela postergação nas tarefas que seu chefe pediu? Se você é assim, o LikeUs Training não te serve. Porque tá na hora de pararmos de ficar lamentando o porquê ficamos atrás de países menores sendo que o problema está também com você!