Desde 2015 existe no Brasil um mês dedicado à prevenção contra o suicídio. Setembro foi o período escolhido para conscientizar as pessoas que se trata de um assunto grave e delicado. Abordar o tema é necessário, já que a prática – infelizmente – é mais corriqueira e pouco damos conta disso. O Setembro Amarelo veio para, pelo menos, salvar algumas vidas (além do alerta).
Antes de associar o título à bandeira GLBT, calma. Não tem problema nenhum fazer essa ligação. A escolha por ampliar as cores foi proposital para mostrar que nenhuma pessoa pode ser deixada de lado. O amarelo acompanha a campanha pois em 1994 um rapaz norte-americano – de 17 anos – chamado Mike Emme tirou sua própria vida dentro de seu Mustang. Amarelo.
Porém, pode haver confusão com o ‘Outubro Rosa’ (prevenção contra o câncer de mama) e com o ‘Novembro Azul’ (conscientização para os homens se precaverem contra o câncer de próstata). Como há a bobagem cultural de ligar o azul ao homem, e o rosa à mulher, é preciso deixar claro que o suicídio atinge a todos. De qualquer classe social, de qualquer raça ou credo.
Tirar a própria vida é algo que a maioria das pessoas já imaginou algum vez. Seja porque viu algo que queria muito não dar certo, ou porque é reprimido de alguma forma, ou se enfiou em dívidas e não sabe sair delas, ou até mesmo ter levado o fora de quem gostava. Entre muitos outros motivos que levam algum ser humano a sair de cena. Não importa a situação: se você chegou a pensar em suicídio, e por algum desses motivos citados, o curso do LikeUs Training te mostra todos os caminhos para ir na contramão desse sentimento indesejado.
O suicídio é grave e por isso o Setembro Amarelo se faz necessário. Até porque, foram décadas e décadas de omissão quanto ao debate e prevenção contra algo que sempre esteve presente. Triste ver jovens tirando a própria vida muitas vezes porque a sociedade os adoeceu. Porém, mais triste é não ter inserido na cultura obras sobre o assunto – comercialmente falando. Quantos filmes sobre suicídio você já assistiu? Quantas novelas debatem o assunto? Pouco.
Não o fazem pois não querem “incentivar” a prática. Só que aqui a hipocrisia vem a cavalo. O que não faltam são incentivos para sairmos de nossas condutas: obras que “incentivam” a traição, o roubo, o estupro, o achaque, o homicídio etc. Ora, tudo bem então explorarmos assassinatos em filmes, mas o suicídio não? Se não serve para um, não serve ao outro neste caso. E vice-versa.
Mesmo sem o devido debate, o Setembro Amarelo está aí para ajudar. Nos alertar que a prática é mais natural do que imaginamos, infelizmente. Nos fazer perceber que podemos ajudar aos outros e a si próprio.
Por exemplo, valorizar o que conquistou.
Pode ser pouco, mas foi você quem foi atrás e conseguiu. Esse já é um grande passo. Outro é se apegar a quem gosta. Nesse período de pandemia, sabe quem me fez segurar a onda e não pensar em besteiras de tirar a vida? Você, extraordinário do LikeUs Training.
Nota* – alguns Filmes/Documentários cujo tema é o suicídio
- As Virgens Suicidas (1999)
- Últimos Dias (2005)
- Geração Prozac (2011)
- Garota, Interrompida (1999)
- Os Famosos e os Duendes da Morte (2009)
- A Ponte (2006)
- Elena (2012)
- Controle – A História de Ian Curtis (2007)
- Sociedade dos Poetas Mortos (1989)
- Christine – Uma História Verdadeira (2016)
- Despedida em Las Vegas (1995)
- Pequena Miss Sunshine (2006)
- Crepúsculo dos Deuses (1950)