OS POBREMA NUMA PRIMERA IMPREÇÃO COMESSA NA COMUNICASSÃO!

Caiu da cadeira ou quase enfartou lendo o título deste texto? Ou deu risada? Ou logo chamou mentalmente o autor do texto de “anta”, “jegue”, “burro” – ou quaisquer outros seres vivos existentes na fauna e que você tem conhecimento?

Então seja bem-vindo ao seu mundo!

Se teve alguma das reações citadas no primeiro parágrafo, saiba que é dessa maneira que aquela mulher de alto nível – a mesma que você bate uma punhetinha para aliviar os pensamentos direcionados exclusivamente a ela durante… 24 horas – recebe sua primeira mensagem caso você, pseudo-garanhão, não se preocupa em se comunicar bem e de forma clara.

“Puta que o pariu, aula de português no blog do LikeUs Training ninguém merece”. Pensou assim, então te convido a sair desta página e continuar sua vida. Porque se o problema fosse a língua portuguesa apenas, a sociedade masculina não seria tão machista, arrogante, presunçosa, macho-alfa etc. O português é apenas um aditivo para uma boa comunicação.

Na semana passada o tema do blog foi “Qual a 1ª Impressão Que Você Passa?”, a partir de uma frase estupidamente ridícula – tamanha a redundância dela – de Harvey Specter. Quem é esse cidadão? Acabei de descobrir: um personagem da série ‘Suits’, interpretado pelo ator Gabriel Macht. Em princípio poderia mandar à merda um pensamento de alguém fictício. Só que o tal Harvey Specter é citado aos montes por centenas e centenas de perfil de sedução.

Vamos ao pensamento.

“Se começar o jogo perdendo, nunca vai sair ganhando” é típica de presidentes (não só de algum país). Pode abrir a gargalhada. Mas essa obviedade é destrinchada e explicada no mesmo artigo escrito pelo professor Edward Ross. E, neste mesmo texto, a parte da comunicação se faz importante tanto quanto o seu vestuário. Aliás, já coloque na sua cabeça: absolutamente TUDO É TEXTO! Inclusive o que você veste, já que a imagem se comunica com outras pessoas.

No caso de uma boa escrita, tire logo de cara um mito: não é necessário ter amplo domínio da norma culta da língua portuguesa para mandar uma mensagem abrindo uma conversa! Esqueça isso. Se você domina o português, melhor ainda; caso não, atentar-se ao mínimo já faz uma diferença enorme.

Um exemplo simples acabei encontrando num mercado de bairro. Na seção (e não ‘sessão’) onde se vendia copos de vidro, havia um anúncio: “Quebro, pagou”. Uma aberração para quem gosta de um texto bem escrito não apenas na consistência, mas também na grafia. A falta de concordância é que transforma esta singela mensagem em algo repulsivo. A intenção (e não ‘intensão’) do autor era alertar ao cliente a rigidez da empresa em relação a itens do estabelecimento. Mas o certo seria “Quebrou, pagou”. Simples.

Muitos homens estão fazendo exatamente isso na hora de escrever – ou para aquela gata de alto valor, ou ao chefe para pedir aumento etc. Deixam de colocar as situações no plural, comem letras, não usam as concordâncias, usam ou não usam a vírgula quando se fazem necessárias, entre muitos outros exemplos. Resumindo: escrevem mal pra cacete (e não “pra burro”, que é um dos animais de maior inteligência que existe).

Essas situações são oriundas de alguns fatores, mas o principal é a oralidade: escrever do modo que fala. Amigo(a) leitor(a), é aqui onde pessoas deveriam se chocar – e não com banalidades impostas por mídias!

Retomando o exemplo do “Quebro, pagou”. Em São Paulo, a paulistada (como eu) adora suprimir a última letra. Normalmente quando se trata de plural. Na oralidade, ou seja, trocando a famosa ideia com a voz, passa despercebida a eliminação do ‘s’ ou, no caso, do ‘u’. Neste caso específico, seria equivalente a “Quebrô, pagô”. O problema é quando se escreve assim. E isso chega na forma de simplesmente eliminar o ‘u’ e deixar ‘quebro’. Mas o tempo verbal passa a ser determinante para desmascarar essa farsa.

Se existe muita dificuldade para pessoas escreverem corretamente de acordo com as grafias das palavras, imagine então o quanto os homens têm sofrido para passar uma ideia? Esta já é outra parte: a coesão e a coerência devem sempre andar juntas!

Volte lá para o tempo de colégio. Mais especificamente à aula de português. Mais especificamente ainda aos ditados e interpretação de texto. Se você era ruim em algum deles, ou em ambos, é bom se preocupar – e muito! Passar uma mensagem clara é fundamental numa primeira impressão. Lembre-se o que escrevi acima: não precisa ser um expert em língua portuguesa, mas o básico é fundamental! E passar uma ideia de forma limpa e objetiva encurta caminhos.

Isso tudo para explicar que muitos homens se comunicam mal pra cacete numa primeira mensagem e, quando não é correspondido, joga a culpa na mulher. Não, jovem: você é o culpado por não conseguir colocar no papel (ou na mensagem de texto) o que sente e deseja, atropelando as fases do jogo da sedução que ensinamos aqui no LikeUs Training!

Outra dúvida pode ser em relação às gírias. 

Não há problema algum desde que empregadas de forma correta. Chamar uma mulher de alto nível de “mano” é quase certeza de eliminação sumária de suas chances com ela. O exemplo é válido pois a expressão “mano”, muito utilizada em São Paulo, já virou um item do dicionário “paulistanês”. A palavra está na boca de muitos homens e mulheres, mas não pode estar no momento de uma sedução – seja verbal ou escrita.

Então se liga aí você que acha uma boa comunicação (e não ‘comunicassão’ como no título) algo supérfluo. Sua escrita pode acabar com suas chances antes mesmo de a mulher que deseja te deixar falando sozinho.