O artigo colocado neste blog foi, originalmente, escrito por David Wong. Além de escritor, este norte-americano é também ex-editor do site Cracked.com – e o texto fora publicano na revista Cracked em 2012. Mas, como muitas boas peças de conteúdo, a relevância dele se mantém firme até hoje! Espero que gostem – e que seja algo que faça com que tenhamos mais ciência das nossas atitudes e comportamentos, assim sendo mais competentes, eficientes e confiantes em nossos relacionamentos e interações! Boa leitura!
Se você não é do tipo de acompanhar controvérsias políticas das mais feias e de matar o espírito, permita-me te atualizar. Um tempo atrás, um comentarista político imensamente popular chamado Rush Limbaugh perdeu vários dos seus patrocinadores porque ele publicamente chamou uma garota universitária de “vadia” e “puta”, após ela sugerir que planos de saúde deveriam cobrir os custos de anticoncepcionais. Mas, ele é pago para falar controvérsias escandalosas. Se você realmente quer se sentir morto por dentro, você precisa ouvir o que pessoas comuns diziam.
Por exemplo, no quadro de mensagens político FreeRepublic.com, seguidores se referiram à garota na história mencionada acima (Sandra Fluke) como uma “Suja e nojenta, retardada cheia de doenças, vagabunda crackeira, prostituta imunda, uma vadia tomadora de porra” e uma “vadia de rua arrota-esperma” e disseram que “… tão esporrada e usada, que tive que jogar fora minha TV de tela plana porque ela, ao aparecer na minha TV, a infectou com AIDS, gonorreia e sífilis.” São muito mais comentários vistos aqui e ali.
Agora vá para a homepage de qualquer site de discussão onde a maioria são homens, como o Reddit.com, e veja quantos centímetros você precisa descer pela página antes de encontrar milhares de homens lamentando que: 1) como todas as mulheres são putas-interesseiras (7,500 upvotes), 2) como mulheres são loucas e irracionais (9,659 upvotes) e 3) como mulheres são horrorosas, nojentas e gordas (4,000 upvotes). Ou vá até uma seção de “direitos masculinos” e veja fantasias esquisitas de machos-alfa derrotando todas as lindas mulheres que tentam controlá-los com suas vaginas.
Essa corrente de ódio escaldante chega de forma surpreendente para alguns de vocês porque nós temos uma tendência para achar que “sexismo” ou “machismo” é ser depreciativo com mulheres ou pagar salários menores – nós não pensamos neles como um ódio frenético para “queimar a bruxa!”. No entanto, ocasionalmente, algo como essa coisa com o Limbaugh chega pra estourar o balão, então ele (ódio escaldante) é despejado. Como se estivesse esperando um milímetro abaixo da superfície.
5 – Nos Foi Dito Que A Sociedade Nos Devia Uma Mulher Linda
Não parece que homens se sentem no direito de exigir sexo? Não parece que reagimos à rejeição com a maturidade de uma criança sendo negada um brinquedo?
Bem, temos de lembrar que, o que aprendemos na infância, é muito difícil desprogramar na fase adulta. E o que aprendemos quando criança é que a nós, homens, sempre será concedido o que eventualmente nos é devido: uma linda mulher.
Isso nos foi dito por todo filme, programa de TV, novela, livro, história de quadrinhos, vídeo-game e música que encontramos. Quando o Karatê Kid ganhou o torneio, o prêmio dele é um troféu e a Elizabeth Shue. Neo salva o mundo e é concedido a Trinity (em Matrix). Marty McFly pega a garota dos sonhos (em De Volta Para o Futuro), John McClane consegue a sua ex-mulher de volta (em Duro de Matar), Keanu “Velocidade Máxima” Reeves pega a Sandra Bullock, Shia LeBeouf pega a Megan Fox em Transformers, Iron Man pega a Pepper Potts, o herói em Avatar pega a Na’vi mais gata, Shrek pega a Fiona, Bill Murray pega a Sigourney Weaver em Caça-Fantasmas, Frodo pega o Sam, WALL-E pega a EVE… e por aí vai.
Ora, no final de A Força do Destino, o Richard Gere chega num local de trabalho feminino e simplesmente leva ela embora carregada, como se tivesse buscando um terno na lavanderia.
Aí temos Guerra nas Estrelas, onde o Luke começa pegando a Princesa Leia (em O Império Contra-Ataca), mas conforme o Han Solo virou um favorito dos fãs, George Lucas percebeu que, ao invés disso, teria de concedê-la a ele (forçando-o a escrever a coisa do “Ela é secretamente a irmã do Luke” em O Retorno de Jedi, mesmo que isso significasse inserir uma vibe incestuosa em Império). Com Harry Potter, J.K. Rowling contraria a convenção ao fazer com que a linda garota fosse concedida ao personagem do companheiro Ron, mas a autora fez com que fosse um fato e um conflito central na história que o Ron estivesse constantemente preocupado com que, já que o Harry é o principal personagem, a Hermione seria concedida a ele.
Em cada caso, a mulher não tem poder de decisão nisso – compatibilidade não importa, relacionamentos prévios não importam, nada disso é levado em conta. Se o herói cumpre sua missão, ele é concedido a sua fêmea favorita. Sim, haverá diálogo que indica que talvez a mulher tem suas dúvidas, e ela fará um alvoroço, como se ela estivesse decidindo por si. Mas nós, o público, sabemos que no final o herói vai “pegar a garota”, assim como sabemos que no fim do mês nós vamos “receber o salário”. Falhar ao conceder qualquer um desses é considerado uma quebra de contrato social. A garota pode falar o que quiser, mas nós sabemos que, no final, ela vai acabar com o herói, ela sabendo ou não.
Agora você vê o problema. De nascença somos ensinados que a nós é devido uma linda mulher. Nós todos pensamos em nós mesmos como o herói de nossa própria história, e todos nós (querendo admitir isso ou não) nos achamos heróis por simplesmente conseguir sobreviver ao nosso dia.
Então é muito frustrante, e digo, frustrante ao ponto de violência, quando a nós não é dado o que nos é devido. Um contrato foi rompido. Essas mulheres, ao exercitar suas próprias escolhas, estão nos negando isso. É por isso que todo cara Bonzinho entra em choque ao descobrir que ele não vai ganhar sexo ao comprar presentes e fazer favores para uma garota. É por isso que recorremos à “puta” e “vagabunda” como insultos padrão – não estamos furiosos porque mulheres gostam de sexo. Estamos furiosos porque mulheres estão distribuindo aos outros o sexo que nos é devido.
Sim, as mulheres nessas histórias são retratadas como maravilhosas, lindas e perfeitas. Mas lembre-se, existem duas formas de desumanizar alguém: ao ser depreciativo com elas e também ao idolatrá-las.
4 – Fomos Treinados De Nascença À Ver Vocês Como Enfeites
Não estou dizendo que existe algo de errado ao pôr uma linda garota numa capa de revista ou posá-la ao lado de um novo carro. A linda garota consegue um bom emprego, homens a querem, mulheres querem ser ela, todos estão felizes. Certo?
O problema é mais em baixo.
Na minha experiência, se há uma diferença fundamental entre a sexualidade de homens e mulheres, é isso: Existem reais ocasiões onde mulheres não estão pensando em sexo. Aqui, deixa eu te dar um exemplo extremo. Vou citar um post do FreeRepublic novamente, porque, francamente, não consigo parar de lê-lo. Esses são alguns comentários que fizeram sobre uma figura pública feminina. Tente adivinhar de quem estão falando:
“A cara dela é tão feia que você pode usar para amassar uma massa e fazer biscoitos de gorila.”
“Tão feia, eu diria ‘nem olhe’!!!”
“Pelo menos a Medusa era moderadamente atraente em comparação.”
“Essa pessoa é nojenta e eu jamais confiaria na opinião ‘disso’ pra NADA!”
Conseguiu aproximar um chute para quem (ou que tipo de pessoa)? Estão falando da Juíza da Côrte Suprema Justice, Elena Kagan.
Sim, até nesse contexto, ao julgar uma mulher por uma posição na maior côrte da terra, nosso instinto ainda é julgar a sua adequação como parceira sexual. É a primeira coisa que notamos. E você pode desconsiderar isso como um bando de babacas sendo superficiais, mas aí você tem que perceber como toda a sociedade se conforma com isso. Esqueça a objetificação na mídia ou na indústria da moda – vá a um jantar, haverá uma linda hostess. Vá a uma loja de departamento, haverá uma linda garota para lhe vender calças.
Veja que é essa a diferença. Com homens, existem alguns cenários onde a aparência dele não importa mais. Com mulheres, sempre importa. Num filme de comédia, o companheiro excêntrico pode ser o gordinho do Zach Galifianakis ou o quase deformado Steve Buscemi. Mas se a companheira excêntrica não for atraente, como a famosa acima do peso Melissa McCarthy em Missão Madrinha de Casamento, então toda cena tem que ser sobre o quão feia, gorda e máscula ela é. Isso tem que ser essencial na personagem.
O papel dela na sociedade ou grau de realização não importa. Mesmo se ela for candidata na porra da Côrte Suprema, a mulher sempre tem um papel duplo: funcionar como pessoa e agir como decoração.
E nós ficamos putos da vida se ela não cumpre com o papel dela. Olha esse artigo sobre uma celebridade feminina que engordou. Aqui está literalmente o primeiro que encontrei no Google, um post de blog sobre como a Christina Aguilera ficou gorda. Se liga nos comentários:
“Que se foda ela! Eu tenho um emprego de tempo integral, vou na pós-graduação tempo integral, cozinho em casa toda noite e ainda arrumo tempo pra conseguir ir até a academia. Vagabunda preguiçosa …”
Não me entenda errado – se fosse uma celebridade masculina no artigo, você vai ver pessoas tirando sarro da gordura dele. Se for uma mulher, você vê raiva.
Ser bonita é uma dívida que ela tem conosco. esse é o contrato social conforme o entendemos desde que somos criancinhas.
E trata-se de uma situação onde não há como ganhar. Nós a odiamos se você for feia; se você é bonita, então…
3 – Nós Achamos Que Vocês Estão Conspirando Com Nossas Ereções Para Nos Arruinar
… ou, POR QUE Você Acha Que A História Do Jardim Do Éden Tem Uma Cobra?
Primeiro, você tem que entender algo sobre a relação única de amor e ódio que homens têm com seus pênis.
Você lembra daquela história de como a polícia teve que ajudar um cara que prendeu o pau no filtro da piscina? Ou aquele outro cara que ficou preso tentando transar com o banco da praça, o outro cara que ficou preso tentando transar com o aspirador? Ou aquele juiz que foi pego batendo punheta enquanto ouvia testemunhos? Você vê bastante esse tipo de história – só conferir seu tabloide local. E todos têm algo em comum: São todos caras.
Sério, faça uma busca no Google por “masturbação pública.” Notou algo em comum com todas essas histórias? São todos caras. Obviamente não estou dizendo que mulheres não se dão prazer (todo estudo no mundo me provaria mentiroso). Estou dizendo que homens são muito mais propensos ao se envolver em masturbação pública de risco extremo. São mais propensos de fazer no trabalho e são mais propensos de fazer em situações onde podem ir presos.
Não, não é algum fetiche raro e estranho também. É que eles não conseguem nem sequer esperar algumas horas e fazer na segurança de casa.
Não faz sentido algum. Todo cálculo de risco vai por água abaixo. Por quê?
É porque, em homens, mais do que em mulheres, o sexo é completamente desatado do resto de sua personalidade. A parte do cérebro masculino que se preocupa com segurança do emprego, dinheiro, reputação social ou consequências legais não têm poder de veto sobre o desejo sexual. Você já deve ter ouvido homens dizerem que “estava pensando com a cabeça de baixo” ou “pensando com o pau.” Era disso que estavam falando.
A ciência, pelo jeito, não entende completamente porque a parte do cérebro de “desejos básicos” reage de forma diferente em homens. Talvez seja uma questão de ter 10 vezes mais testosterona em seu sistema (pessoas trans relatam entrar em choque com o quão mais forte são os desejos sexuais com a testosterona adicional), talvez a sociedade nos treinou para sermos assim ou talvez somos todos meninos mimados. Minha teoria é que a evolução precisa de homens que continuem com desejos sexuais mesmo em tempos de crise ou estresse e, portanto, cortando a habilidade do cérebro de conter esses desejos. Que seja – entender a causa não é o ponto aqui. O ponto é que um homem pode estar dando um tributo fúnebre no funeral da própria avó e, se há uma garota na fileira da frente mostrando um decote, ele estará se imaginando enfiando a cara naqueles peitos, com a própria avó à dois metros de distância.
Quando isso acontece, quando ficamos de pau duro no funeral, ficamos furiosos com a garota mostrando o decote. Porque nós, nós mesmos, nossa própria personalidade racional é que sabe a diferença entre certo e errado, apropriado e inapropriado, sabe que é um lugar ruim pra ficar de pau duro. Então, tudo nos leva a crer que a garota do decote está conspirando com nosso pênis para nos arruinar.
É loucura pensar nisso? Sim! Por isso é tão frustrante, especialmente se você não tem muita maturidade emocional e cresceu com exemplos masculinos que tinham menos ainda.
Não, isso não serve como desculpa. Obviamente, “Ela estava pedindo!” é defesa mentirosa de estuprador. Só estou dizendo, que quando vemos um cara ficar bravo, irritado e furioso ao ver uma garota mostrar o corpo um pouco demais, ou se você vê caras com aquela disposição para humilhar garotas na noite, é por isso. É provavelmente por isso que alguns muçulmanos fazem as mulheres se cobrir da cabeça aos pés.
E na bíblia, é a Eva que seduz Adão ao pecado … ao conspirar com uma cobra.
Todo homem, ao ler isso, vai pensar que estou só falando o óbvio (afinal, o mundo é cheio de peças de comédia como essa, sobre como garotas são quase demoníacas em sua habilidade para controlar homens contra suas vontades). Mas nunca expliquei isso a uma mulher que não me olhasse como se eu estivesse insistindo que, na verdade, homens são secretamente lobisomens.
Mas não é nem isso que nos faz mais furiosos ainda …
2 – Sentimos Que Nossa Masculinidade Nos Foi Roubada Em Algum Momento
Sabe como toda comédia tem aquele personagem genérico do cara amoral, mulherengo, que sempre diz o que pensa e só pensa em si? Joey (em Friends), Charlie Sheen (em Two and a Half Men), Sterling Archer (em Archer), Gob (em Arrested Development), o personagem de Ashton Kutcher em That 70’s Show e por aí vai.
Caras adoram esse personagem porque ele está fazendo o que, em algum nível, o que todos nós queremos fazer. É também porque vemos todas aquelas propagandas apelando desesperadamente a homens que temem ter perdido sua masculinidade (“Se você usar um produto da concorrência, teremos que cancelar seu título no clube dos homens!”)
Sabe, todo homem consegue lembrar da primeira vez; quando ele tinha 5 ou 6 anos de idade, ele mostrou seu pênis a um estranho e todos surtaram. Ele consegue lembrar da primeira vez que se encrencou por bater em alguém, urinar em público, por tentar pular de algum lugar alto ou atear fogo em algo. Todos os desejos básicos masculinos, todas sugestões sussurradas no nosso ouvido pelo Darth Pênis, tudo nos meteu em encrenca.
E, quando ficamos nostálgicos com o passado, é sempre mascarado numa fantasia ridícula como o filme 300, onde todos estão sem camisa, matando e destruindo à espadadas. A nós é vendida essa ideia de que em algum momento, o mundo realmente era assim – todos esses impulsos que acabaram com a gente ficando de castigo e sofrendo represálias na escola desde o jardim de infância, não só era permitido, mas era celebrado.
E em algum momento, as mulheres tiraram tudo de nós.
O que um dia era um grande mundo de heróis, força, guerreiros, charutos e piadas brutas foi substituído por esse mundo de supervisoras femininas mal-humoradas, de olho em nosso cubículo e prontas pra te entregar uma notificação sobre piadas insensíveis via e-mail. Sim, essa narrativa é uma grosseira e exagerada versão egoísta de como a sociedade realmente evoluiu. Não importa.
O resultado é uma combinação de frustração, humilhação e falta de poder que faz com que queremos tomar de volta da única forma que conseguimos: com atos mesquinhos e imaturos de crueldade.
1 – Nos Sentimos Sem Poder
Não sei como é ser mulher, então, não é fácil descrever como é ser homem, pois não sei o que você vai usar para o contexto. Mas farei o meu melhor:
Você já viu aqueles desenhos animados antigos, onde o personagem está faminto numa ilha deserta, e quando outro personagem se aproxima, ele está com tanta fome que ele vê o outro personagem como um pedaço de comida falante?
É assim para a maioria dos homens, na maior parte do tempo. Estamos morrendo de fome, e todas as mulheres são tipos diferentes de comida. Só que, ao invés de comida, é sexo. E estamos tentando levar o nosso dia a dia contornando o fato que estamos tentando renovar o RG falando com um par de seios. Então, a partir de mais ou menos 13 anos, cerca de 90% de nossa energia e disciplina é dedicado a superar isso, para nos comportarmos como seres humanos civilizados e não como vira-latas num mercado de carne. Onde, ao invés de querer comer a carne, eles querem transar com ela. De novo, se quiser experimentar como é, tome uma injeção de testosterona.
Nesse momento, estou lendo um livro do autor de um best-seller de fantasia, George R. R. Martin. O seguinte é uma passagem onde ele está escrevendo do ponto de vista da mulher – sempre algo difícil para um homem fazer. A garota está a caminho para um confronto-chave, e o narrador a descreve assim:
“Quando ela foi aos estábulos, ela usava calças de seda desbotadas e sandálias de capim trançado. Seus pequenos seios moviam livremente por baixo de um colete pintado Dothraki …”
Isso foi escrito do ponto de vista feminino. Sim, quando um homem escreve de uma mulher, ele presume que ela passe todo momento pensando no tamanho de seus seios e o que estão fazendo. “Janet andou com seus seios para o outro lado da praça. ‘Consigo vê-los olhando para meus seios,’ ela pensou, com os seus seios…” Ele presume que mulheres estão pensando delas da mesma forma que nós pensamos.
Vê onde estou chegando? Vá olhar lá fora. Vê os carros passando? Todo carro dirigido por um homem foi projetado, construído, comprado e vendido com você em mente. O único motivo por que carros pequenos, econômicos e elétricos não dominam as estradas é porque queremos ser vistos como o máximo, para impressionar você.
Todos aqueles esportes na TV? Todos aqueles caras aprenderam a jogar só porque na escola, fazer esportes te fatura garotas. Toda música que você ouve no rádio? Todos aqueles caras aprenderam a tocar a guitarra e cantar porque na adolescência, eles sacaram que nada arranca as calças de mulheres mais rápido. É o mesmo motivo por qual atores entram para a atuação.
Todos aqueles caras com quem lutamos e brigamos? Claro, nos níveis mais altos, nos meios do poder político, existem motivos complexos por querer um pedaço de terra ou acesso a um recurso. Mas na terra? Bom, vou lhe perguntar isso – historicamente, quando um exército conquista uma cidade, o que acontece com as mulheres de lá?
É tudo sobre vocês. Tudo. Toda Civilização.
Então, onde você vê um mundo onde homens dominam o quadro dos Fortune 500, são donos do congresso e ocupam o cargo de chefe de todos menos algumas das nações do mundo, os homens se enxergam como serem completamente desamparados. Porque todas aquelas pessoas poderosas só chegaram ao poder porque eles ouviram dizer que mulheres gostam de poder.
Está aqui o coração da questão. É por isso que nenhuma quantidade de domínio masculino será o suficiente, porque nenhum nível de controle ou privilégio – ou submissão feminina – irá nos satisfazer. Podemos te cobrir com burcas, podemos te forçar do ambiente de trabalho – não importa. Vocês ainda são tudo que nós pensamos, e isso lhes dá poder sobre nós. E nós somos rancorosos por isso.
As disputas mais amargas funcionam assim, por acaso: Ambos os lados sentem que são a parte sem poder. É por isso que algumas das pessoas mais ricas do mundo conseguem falar como vítimas e realmente querer dizer isso. É por isso que líderes, homens, das mais ricas e poderosas igrejas no mundo, podem falar como se estivessem sendo martirizados por mulheres que querem usar anticoncepcionais. E realmente querer dizer isso.